sexta-feira, 31 de outubro de 2014

A Bela Dama da Poesia



E quando o astro sol na sua plenitude se despediu,
no cair da noite eis que vi bela dama surgindo,
o seu esplendor competia com o das estrelas,
com vestido de cetim negro como a noite;
trazia com ela sementes e um turbilhão de alegria,
ao balançar os cabelos exalava perfume e seu corpo tinha um gracejo de
mulher que deixava no ar enigma, elegância, aparência de anciã
mas, quando a olhei nos olhos parecia tão jovem;
Seu coração às vezes melancólico, seus pensamentos difíceis decifrar,
andando pela noite dama poesia, passos em rimas eu a vi dançar uma mistura de ballet com rock clássico,
para explicar me embaraço a vi dançar samba,  ficar bamba
com um cálice brindou a vida e a morte
falou do presente passado, recitou desejos futuros,
eu juro que a vi sentada em um banco e da bolsa de grife
tirou pergaminho com letras douradas, achei um encanto e depois estendeu da bolsa um leque enquanto num charme sem igual desfrutava do abanar, a dama desenrolou o pergaminho num  gesto
frenético e eu não resisti ao gesto, corri para ver o que escrito estava no pergaminho que brilhava,
uma mistura de amor e fantasia, textos no pergaminho preenchiam mistérios e segredos, amor e paixão, coisas reais e do submundo e a dama em suspiros profundos
disse-me: - nessa noite de lua entre estrelas e cometas, bailando nas ruas estou a procura das mãos que no pergaminho  escreva,
ouça-me, sinta-me, inale o perfume,  deixe-me te guiar e te abrirei um novo rumo;
sobre o pergaminho debruce por favor, escreva-me depressa, pois poesia eu sou!


Ely Monteiro
Imagem: Google

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Marias II



E lá vai ela, Maria, apressei-me e tive que perguntar:
- Por onde anda a tua dor? Será que o vento carregou?
Ou foi você que superou e, a ferida se fechou? Por onde anda aquela dor
que te fez em mil pedaços e você ficou em cacos, e quantas vezes tu choraras-te;
nas madrugadas teus anseios, teus receios, convenceu o silêncio a te dar respostas,
queria te lançar na fossa?
Por anda aquela dor que te vestiu de luto, deixou na face absurda a expressão de alguém sofrida, que desejou perder a vida?
Por onde anda aquela dor que te deixou em depressão, que te deu medo e aflição
e, quando olhaste para os céus e te cobriste de fé
curaste a dor que em ti havia?
E aquela mulher cheia de crença, sorrindo foi logo se despedindo...
Por onde anda a minha dor? Não sei não mais senti
e, pensando bem, nem parece que um dia a vi, pois em mim
não levo cicatrizes...
E Maria seguiu sorrindo, fazendo gestos e graças,
superando a vida que prega peças
e. eu ali enchi meu coração de fé
e, como disse a Maria sobre a dor, sobre as lagrimas e sobre as feridas;
até já não sei mais, pois minha fé já se refez e renovou-se em você.


Ely Monteiro
Imagem: Tales de Paula

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Gestação Literária



Rabiscos e rascunhos,
ilustrações e textos,
detalhadas linhas
de um livro perfeito,
guardado, gerando
no útero imaginário.

Ainda são folhas
na gaveta da escrivaninha
e, a poetisa engendrando
alimenta a ânsia
de sua existência,
à espera do nascimento

do filho livro, que nas entranhas
carrega as dores, lágrimas e sorrisos
que a fazem sustentar
a espera dessa cria
que se prepara para nascer.
Dores de parto e inquietações,

noites de esperança,
dias de aflições,
contrições e contrações.
A mãe literária
está com dores de parto,
preparando os textos e o prefácio,

vestindo o filho com as roupas
do versejar da alma.
Prepara o berço poético
e canta uma canção;
embala o filho nos braços
mesmo antes do seu nascimento.



Ely Monteiro
Imagem: Salvador Dali

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Anjo Anônimo



Senti a luz invadir o meu quarto,
alguém tocou-me;
pulei da cama de sobressalto,
encantou-me...

Percorri a casa à procura da luz
e do perfume que exalou no ar,
parecia a essência do jasmim celeste,
ouvi uma voz fazendo uma prece;

quando tentei me apresentar ao anjo
ele se desfez em luz e voltou
para o céu, para quem o conduz.

Eu fiquei ansiosa por uma resposta
daquele anjo anônimo
que não bateu na porta.

Ao voltar para a cama adormeci
ouvindo uma voz que dizia:

- Ely Luz deve ser seu nome,
descanse em paz,
pois cuidarei dos teus sonhos.


Ely Monteiro
Imagem: Google

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Júlia



Vem Júlia ver a lua
e, no balanço da noite
vem comigo contar as estrelas,
abrir suas asas, voar nos céus,

sem telescópio visualizar planetas,
contigo traga folha e caneta
e sob o brilho do manto de estrelas,

versos, poesias e brincadeiras.
Não tenha medo de suas asas abrir
e, no infinito descobrir
e, quando a noite for partindo

e o rei sol no céu for surgindo
caminharemos pelas trilhas de flores
sentindo a brisa do vento

e as lembrança da noite.
Corre e canta Júlia,
encante com suas mãos,
toque o brilho do céu,

voa com as asas da poesia
e com folha e caneta
escreve menina,
derrame a sua alma.


Ely Monteiro
Imagem: www.GdeFon.com

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Rosa Minha



E numa manhã destas
que o sol brilha escaldante
eu anelava por ver-te,
rosa minha.

Me pus a caminho,
levei comigo todos os apetrechos,
senti o desejo de regar-te
para proteger tua beleza

e dar-te refrigério.
E ao caminhar pelo canteiro das rosas
procurei pelo teu aroma,
os meus olhos percorreram aflitos

pelo jardim.
Procurei por ti rosa minha
e lá, junto aos arbustos
te vi emaranhada,

rosa minha machucada,
arrancaram-te da terra pela raiz,
arrancaram-te as pétalas,
rosa minha destruída...

Debrucei sobre ti em lágrimas,
lamentando... Pranteando.
Ah rosa minha!
Queria destruir os teus pulgões,

queria assassinar as lagartas
que te sorviam a vida.
Na ânsia daquela dor gritei
fazendo ecoar teu sofrimento

por todos os jardins;
olhei em volta a procurar
o ser que fez contigo
tamanha crueldade

e, entre as lágrimas e a aflição
te levantei do chão,
plantei-te em um canteiro novo
onde incansavelmente te protegi

rosa minha... Onde posso ver-te
florescer e exalar o teu perfume.
Recompensa minha e tua, pois
dou-te meu cuidado e tu dá-me alegrias,

dou-te todo o meu amor
e tu dá-me as cores da minha vida.
Seja eterna rosa minha...
Seja eterna.


Ely Monteiro
Imagem: Baixaki

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Aquarela Celeste



Estavam a sua procura, achá-lo tornou-se fissura
aos que dia e noite tentavam fazer seu esboço com tinta, tela e pincel;
sem piedade arrancaram-lhe o coração, tentaram lhe roubar os céus.
Foram vários os artistas que sem economizar, pintaram como uma pessoa qualquer, lhe deram mil faces, mil disfarces, mudaram seu jeito de olhar e, sobre a tela queriam até vê-lo histórias narrar.
Tintas escuras, desenhos sem postura, equivocados sem sensibilidade;
No mundo dos mortais, pintores e artistas tais, esqueceram que a humanidade não vive de aparências nem necessitam de pinceladas desumanas de maldade
mas, cada um carrega em si, essência e coração, piedade e prudência.
 O criador pintor celeste derrama sobre a tela unção, confundindo os artistas amadores
que sobre a tela derramaram maldade e dores;
O criador tem tons azuis celestes que de beleza e alma as suas obras originais enriquece,
enchendo-as de virtudes e de luz.


Ely Monteiro
Imagem: Alexander Rommel

domingo, 19 de outubro de 2014

Nosso Jeito de Amar



Nosso jeito de amar
na linguagem do olhar,
o coração e o corpo decifram palavras jamais ditas
e quando o meu sorriso com o seu se encontra
o coração palpita, os ouvidos ouvem uma canção, e com passos apressados na mesma direção
abrigamo-nos no abraço, que nos une como laço e os seus pensamentos em conexão com os meus tocam os céus  elevando uma oração secreta que são decifradas  pelos anjos
que sobre nos derramam orvalhos e bençãos doces como mel, que fortalecem os corações com dádivas do alto do céu
e, no toque das suas mãos, no brilho do seu olhar e no seu sorriso, sei interpretar  o eu te amo que  você diz sem precisar usar palavras, em códigos secretos, nos jeitos e nos gestos,
às vezes em mimicas ou em versos, expressamos esse tão meu e tão seu amor.


Ely Monteiro
Imagem: Google

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Divagações Poéticas



Mãos sobre o papel
que jorram sabedoria inefável

e, quando leio seus escritos viajo sem sair do lugar.
Tons de mil cores... Falas das flores, duendes e fadas, coisas místicas, mistérios entrelinhas;
sonetos, versos e poesias que me encantam, às vezes lendo volto à infância.

Sinto o perfume das flores, toco as estrelas, ando com leveza
nas nuvens que parecem por ti narradas, feitas de algodão

e, eu que vou perdendo o chão, viajo contigo nessa aeronave
chamada livros teus ... Que ao anoitecer e amanhecer são meus.


Ely Monteiro
Imagem: Olga Domanova

domingo, 12 de outubro de 2014

Dos Sonhos na Casinha entre as Montanhas



Onde o barulho das águas soam como cantigas celestes,
o astro sol enobrece os tons de verdes mil,
cheiro de terra, coral de pássaros,  flores  do campo, 
 sigo pela trilha, brinco e faço rima do amor meu e teu.
Usando roupas neutras casuais, teu jeito, teu gosto, meu gosto, nosso jeito
e, eu vestida com meu vestido floral sinto-me leve como as milhões de borboletas
amarelas tão belas e, o nosso destino é logo ali, na casinhas entre as montanhas.
A lareira está acesa, pão de queijo na bandeja, nas prateleiras compotas e conservas,
foi bom fazer essa reserva; na janela afasto as cortinas de renda e entrelaçada aos teus braços fico ali vendo o pôr do sol de frente ao jardim, imersa  em nosso beijo
e, ouço tocar uma canção, era o celular que tocava interrompendo a hora mágica
e, no alô você me pergunta se estou bem,  respondo sim, ainda dormindo...
No telefone, você sorrindo me diz: - Sonhei com a casinha no alto da montanha.
Pensamentos em transmissão, sonhos de quem ama;
nos sonho, juntos estivemos lá... Violão, montanhas, abraço e beijo, doce de leite e pão de queijo.


Ely Monteiro
Imagem: Letícia Moraes

sábado, 11 de outubro de 2014

A Estranha Dama do Moinho



A estranha dama no moinho, girando, por labirintos andando,
desafiando a vida, gemendo sobre as feridas
enrubesceu a face pálida, engoliu as lágrimas passadas.
A vida desengonçava fingindo estar bem, num mundo de desdém,
mostrava-lhe os sorrisos que na noite eram tecidos, no lugar do gotejar de lagrimas; sorrisos
artificiais, que ela distribuía na terra dos mortais.
No moinho virou pó, a cabeça fez nó, pés cansados, seguiu só;
labirinto e escuridão, cólera e insatisfação, e de tanto se arrastar a dama veio a cansar.
Gemidos, cárcere e dor, a dama não suportou;
saindo do moinho, enfim, do pó, a dama emendou-se, do labirinto livrou-se,
encontrando a saída; trilha nova... Caminho onde há luz, onde a brisa tocou-lhe a alma,
curando feridas e, lhe devolvendo o novelo de lã chamado paz... Divina esperança.
E agora todos os dias e noites a estranha dama sorri e canta.


Ely Monteiro
Imagem: Rembrant - O Moinho

Meu Indriso de Amor



Meu indriso de amor
não sucumbe a dor,
o verso irradia sóis,

desbrava alma e arrebóis;
o verso é o grito insano
que estremece, puritano.

E as paixões são pelas flores

em jardins vastos de cores.


Ely Monteiro
Imagem: Google

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

De um Amor entre Poetisa e Escritor



Aquela mulher estava à espera.
A vi de longe sorrindo, com cara de boba, rindo para o nada.
Eu conheço essa cara, ela está apaixonada,
tive certeza, pois ela caminhava

em direção do homem que despertou nela tanta paixão.
Cabelos ao vento, parecia mais bela.
O homem mudou seu destino.
A mulher parecia não pisar no chão,

ficou suave de tanta paixão;
eu sorri, pois ali havia sintomas
de amor.
Levava ela uma folha na mão

parecia que estava recitando
poema ou canção.
E eu avistei de longe
o homem que não consigo

expressar tal beleza,
era mais que estética
beleza interior com certeza.
O Abraço dos enamorados

irradiava luz, beijos e caricias
envolventes, com certeza
esqueceram-se das horas
eternizando os sentimentos,

tinha algo de diferente.
E para a minha desconfiança,
confirmei, o vi caneta e folhas
do bolso tirar...

Aquela noite, a lua certamente
daria uma festa, era um encontro
de amor, de uma poetisa e de um
escritor, que resolveram tornar
realidade... Palavras.

E eu me distanciei calada
desejando que escrevessem
um dia sobre esse amor
que parecia igual aos que li nos livros


de romance; mas ali tudo mais bonito, no mundo real.
Quem escrevia coisas do submundo
estava ali vivendo sentimentos
verdadeiros, reais e profundos.

Ely Monteiro
Imagem: FotosWiki.net

Oh Céus!



Céus... Oh céus!
Como amo admirar-te,
sou apenas mais um
que da terra deseja tocar-te.
 Quando finda o dia
contemplo daqui a lua
que sobre ti sustentas
e as estrelas belas
iluminam tua face
refletindo um beijo de luz.
Oh céus! O teu poder me encanta
e, quando a aurora se anuncia
em suas cores de primazia
eu suspiro de alegria
então, o rei sol em plenitude
brilhando em sua virtude
trás à luz a um novo dia.
E eu daqui, sou mais um
que a ti elevo súplicas
pois, sei que sustentas não só a beleza
de teus astros, mas,
no teu firmamento esconde mistérios
celestiais, e mesmo tão distante
da suprema compreensão,
mantenho a fé constante
e, iluminam-se os privilegiados
que tocam com orações
a fronte dos teus portais
que abrem-se aos que tem fé.


Ely Monteiro
Imagem: Google

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Leleu Serelepe



E quando menina ela andava pelas ruas de paralelepípedos pulando, imaginando ser uma amarelinha de casas e números infinitos.
Vestia roupas coloridas, amava as de listras. Menina serelepe vivia a viajar, andava olhando para o céu, dizia que as nuvens eram de algodão doce.
E ao passar pela igrejinha ela logo fazia um gesto bonito, Leleu Serelepe enchia seu coraçãozinho de fé e acreditava que tinha uma escada que levava da terra ao céu por onde subia para conversar com os anjos.
Gostava de jogar futebol e das embalagens jogadas no lixo fazia panelinhas, pois amava brincar de casinha, brincava de batizado de bonecas e com suspiros doces fazia sua festa.
Corria no fundo do quintal brincando com as amigas, juntas faziam e empinavam pipas, pipas feitas de papel de pão com rabiolas feitas com sacolas.
Leleu Serelepe vivia usando os saltos de sua mãe, lendo revistas e colecionando papéis de carta... E toda noite registrava em seu diário o tempo presente e o que queria para seu futuro.
Leleu Serelepe, menina dos traços singelos, amava o Sítio do Pica-Pau Amarelo, e quando caia a noite passava seu tempo olhando para a lua e as estrelas, inventando novas brincadeiras.


Ely Monteiro

sábado, 4 de outubro de 2014

Os Cantos Cotidianos



O farfalhar das folhas,
o pássaro que canta,
o sabiá que encanta,
o barulho das águas,

o gotejar da chuva;
o barulho das folhas secas
movimentadas pelo vento.
O barulho dos carros

passando lá fora,
o cucuritar do galo,
o estridular da cigarra,
o estalo de um galho que cai,

a voz de alguém que chama,
a oração de alguém  que clama,
ruídos de sorrisos,
a lágrima a marejar;

suspiros, passos e anotações
ouvidos atentos e corações.
A música e a harmonia
equilíbrio da melodia,

a criança que chora,
os enamorados que se beijam,
adolescentes que festejam...
Os sons que quebram

meu silêncio cotidiano,
é a orquestra da vida,
cantiga indefinida.
Seres humanos e animais,

expressões de emoções
e, o tilintar dos sinos
aguçam os meus sentidos,
razões sentimentais.


Ely Monteiro
Imagem: Google

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

O Nada como Fonte Inesgotável de Inspiração



O nada clama por ser escrito,
é ele fonte inesgotável,
tem com ele o baú onde guarda tesouro escondido.
Poetas e escritores desvendam palavras
derramando junto à elas realidade e ficção;
sobre o nada poetas e escritores
fazem deslizar junto aos seus escritos coração e alma!


Ely Monteiro
Imagem: Google

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Declarações de amor ao escritor



Ele tem o dom de escrever
histórias infantis que me fazem viajar
pelos contos de fadas aqui e em outro lugar.
Com o meu escritor viro lua, toco os céus, volto a brincar de carrossel.
Viajo nas asas da imaginação, pulo amarelinha, voo em balão.
Com ele vou à fantástica fábrica de borboletas, viro bailarina, dou piruetas.
Recebo o nome de açucena, me tornando flor, sou enamorada do escritor
E, por trás das paginas, quando leio um livro o privilégio de ter seu amor é tão lindo.
Na vida real e nos contos de fada nobre escritor, sempre serei sua amada.


Ely Monteiro
Imagem: Google

Súplica de Mãe



Antes que a noite chegue
faço um pedido
pelos filhos dos meus amigos.
Antes que a noite chegue

suplico aos céus pelos filhos meus,
o filho da mãe que chora
de madrugada ou em outra hora;
o espera angustiada,

olhos fixos na estrada,
aos céus elevando preces,
por isso derrama lágrimas por ele.
E quando ele está em perigo,

andando por labirintos,
deseja protege-lo,
fazê-lo voltar ao útero,
livrá-lo do mundo bruto.


Ely Monteiro
Imagem: Google